Talvez. Apesar de não conhecermos a duração exata da proteção em vacinados e em quem se infectou ou desenvolveu a Covid-19, já sabemos que a dose de reforço é necessária para aumentar ou prolongar a imunidade, principalmente no caso de grupos específicos, como idosos e imunodeficientes. Informações futuras esclarecerão se mais reforços deverão ser administrados.
A indicação de dose de reforço se baseia na análise de diversas evidências:
• Cenários epidemiológicos nos diferentes locais em que se verifique aumento no risco de adoecimento entre vacinados, ainda que de forma branda;
• Desempenho das vacinas quanto à capacidade de prevenir infecção e formas graves, em diferentes contextos de circulação de variantes de preocupação;
• Maior quantitativo de doses disponíveis;
• Prioridade para grupos de maior risco, que demandam esquema diferenciado de vacinação;
• Momento ideal para a dose de reforço;
• Possibilidade de reforços com vacinas de diferentes plataformas, para garantir o efeito de reforço da imunidade;
• Viabilidade, sustentabilidade e equidade da vacinação em nível global.
Considerando os aspectos citados acima, o Ministério da Saúde ampliou de forma progressiva os esquemas de vacinação no país. Hoje, são recomendados dois reforços para idosos a partir de 70 anos e institucionalizados a partir de 60 anos, uma dose adicional no esquema primário e um reforço para pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos, além de um reforço para o restante da população acima de 18 anos.
Na medida em que estados e municípios têm autonomia para estabelecer seus calendários de acordo com a disponibilidade de vacinas, situação epidemiológicas locais e estágio da campanha de vacinação, é preciso consultar a Secretaria Municipal de Saúde ou os meios de comunicação oficiais da prefeitura para verificar o calendário da sua cidade.