Vacina contra o HPV

Indicada a partir de 9 anos
para homens e mulheres.

 

O HPV, papiloma vírus humano, é o vírus de transmissão sexual mais comum no mundo. Atualmente a doença atinge ​​milhões de pessoas todos os anos.

Cerca de 5% de todos os cânceres em homens e 10% dos que são diagnosticados em mulheres são causados pelo HPV, que atinge mais de 630 milhões de pessoas (uma a cada dez), segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Existem mais de 100 tipos de HPV (papilomavírus humano) que são causa freqüente de infecção entre homens e mulheres. Estima-se que cerca de 80% das pessoas sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento da vida. Os HPV podem causar câncer em várias regiões anatômicas de homens e mulheres. Os HPV são responsáveis por quase 100% dos casos de câncer de colo do útero, 95% dos casos de câncer de ânus, 90% dos casos de verrugas genitais e 35% dos casos de câncer de pênis. Aproximadamente 16 mil mulheres são diagnosticas com câncer de colo do útero, anualmente, no Brasil.

O HPV é altamente contagioso. Como a infecção pode ser assintomática, pode passar despercebida por muito tempo e a pessoa infectada pode transmitir o vírus sem saber.

A vacinação contra o HPV é eficaz e deve acontecer o mais cedo possível, a partir dos 9 anos de idade de meninos e meninas. O objetivo é garantir a proteção antes que ocorra a primeira relação sexual. Estudos mostram que 46% das mulheres e 60% dos homens contraem o HPV de dois a três anos após o início da atividade sexual. Mas adultos também podem se beneficiar da vacinação.


Perguntas & Respostas:

O que é HPV? Quais os tipos?
O HPV é papiloma vírus humano. Existem mais de 100 subtipos de vírus, mas cerca de 40 subtipos de vírus da família HPV podem contaminar a região genital, sendo alguns deles mais graves, por exemplo, os subtipos 16 e 18, que possuem uma clara associação com o desenvolvimento de câncer.

​Quais as formas de contágio?
O contágio pode ocorrer no contato pele a pele, principalmente durante a relação sexual com penetração vaginal e/ou anal, mas também durante o sexo oral, assim como em qualquer contato com a região genital, inclusive com as mãos. Por esse motivo, os preservativos não garantem proteção completa, já que não conseguem proteger toda a região genital do contato com a pele. Importante reforçar que o contágio com HPV não ocorre por contato com objetos, como toalhas e assentos sanitários.

A doença apresenta sintomas?
Na grande maioria dos casos, a infecção é assintomática, mas alguns subtipos do vírus podem causar o aparecimento de verrugas genitais.

Como é feito o diagnóstico?
A presença do vírus, mesmo em pacientes sem nenhum sintoma, pode ser detectada por exames moleculares em secreção vaginal. O diagnóstico das verrugas genitais decorrentes do HPV é clínico e pode ser confirmado por biópsia. As lesões precursoras do câncer de colo uterino podem ser detectadas por exames específicos, como por exemplo, o Papanicolau e a colposcopia.

Quais doenças podem surgir a partir de uma contaminação por HPV?
A maioria das pessoas que entram em contato com o HPV não desenvolvem problemas de saúde. Porém, alguns vírus da família HPV podem causar verrugas na região genital ou nas áreas cutâneas fora dessa região. De modo geral, esses subtipos virais são menos associados ao desenvolvimento de câncer. Outros subtipos do vírus HPV são responsáveis pelo desenvolvimento de tumores malignos no colo do útero, na região anal e no pênis. O vírus também pode causar alguns tipos de câncer da orofaringe.

É verdade ou mito que o preservativo masculino não protege contra o HPV?
É verdade em termos, pois o fato de proteger parte da região genital é extremamente importante para diminuir o risco de contágio. Ou seja, o preservativo protege de forma parcial.

O HPV é perigoso?
Não há mortalidade associada à simples infecção pelo vírus, e sim pelas doenças malignas que ele pode causar. De modo geral, os cânceres decorrentes da infecção pelo HPV se desenvolvem ao longo de muitos anos, podendo ser diagnosticados e tratados antes de se tornarem um câncer invasivo.

Como a vacina protege contra o HPV?
A vacina estimula a produção de anticorpos. Assim, essas células de defesa estarão preparadas para combater a doença em suposto contato com o HPV.

A vacina protege contra todos os vírus, logo, contra todos os tipos da doença?
Não, mas protege contra os principais subtipos de vírus associados ao câncer. Então, a probabilidade de ter alguma doença decorrente do HPV se torna extremamente baixa em quem foi vacinado.

A vacina é segura?
Em todo o mundo, já foram aplicadas mais de 270 milhões de doses. A vacina contra o HPV já foi inserida nos calendários públicos de vacinação de 74 países. Por exemplo, desde 2006 é oferecida na Austrália e desde 2008 na Inglaterra. Ela mostrou que é eficaz em reduzir o aparecimento de lesões que resultam no câncer do colo do útero. Os efeitos colaterais mais comuns foram dor e vermelhidão no local da aplicação.

Quem pode realizar a vacinação?
- Meninas e mulheres de 9 a 45 anos
- Meninos e homens de 9 a 26 anos
A vacinação de homens e mulheres fora da faixa etária de licenciamento das vacinas fica a critério médico.

Qual o esquema vacinal?
São recomendadas duas ou três doses, a depender da idade de início da vacinação.
Para meninas e meninos de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias são duas doses com intervalo de seis meses entre elas (0-6 meses).
A partir dos 15 anos, são três doses: a segunda, um a dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses após a primeira dose (0 -1 a 2 – 6 meses).

A vacinação elimina a necessidade de fazer o exame preventivo?
O exame ginecológico preventivo (Papanicoloau) possibilita o rastreamento de lesões assintomáticas que podem evoluir malignamente. Ele é recomendado mesmo para mulheres que se vacinaram, uma vez que as vacinas previnem os principais tipos de HPV relacionados ao câncer do colo do útero, mas não todos.