Hepatite A

O que previne:
Hepatite causada pelo vírus da hepatite A.

Para quem:
Todas as pessoas a partir de 12 meses de vida.

Contraindicações:
Pessoas que tiveram reação anafilática a algum componente da vacina ou a dose anterior.

Esquema de doses:
Duas doses, com intervalo de seis meses.
• As Sociedades Brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIM) recomendam a aplicação rotineira aos 12 e 18 meses de idade, ou o mais cedo possível, quando a vacinação não ocorrer nestas idades.
• Na rede pública, é aplicada apenas uma dose aos 15 meses de idade. Caso a criança não receba a vacina nessa idade, ela pode ser feita até 5 anos incompletos pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Em caso de doença aguda com febre alta, a vacinação deve ser adiada até que ocorra a melhora.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode ser usada medicação para dor, sob prescrição médica.

Eventos adversos:
As reações mais comuns são irritabilidade, dor de cabeça, cansaço, dor e vermelhidão no local da aplicação.

Pode ocorrer perda de apetite, sonolência, diarreia, náusea, vômito, inchaço, mal-estar, febre baixa, endurecimento no local da aplicação.

Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.




Tríplice Viral (MMR)

O que previne:
Sarampo, caxumba e rubéola.

Para quem:
Crianças, adolescentes e adultos.

Contraindicações:
• Gestantes.
• Pessoas com comprometimento da imunidade por doença ou medicação.
• Pessoas com história de anafilaxia após aplicação de dose anterior da vacina ou a algum componente.

A maioria das crianças com história de reação anafilática a ovo não tem reações adversas à vacina e, mesmo quando a reação é grave, não há contraindicação ao uso da vacina tríplice viral. Foi demonstrado, em muitos estudos, que pessoas com alergia ao ovo, mesmo aquelas com alergia grave, têm risco insignificante de reações anafiláticas. No entanto, é recomendado que estas crianças, por precaução, sejam vacinadas em ambiente hospitalar ou outro que ofereça condições de atendimento de anafilaxia.

Esquema de doses:
• A pessoa deve tomar duas doses da vacina na vida, com intervalo mínimo de um mês, aplicadas a partir dos 12 meses de idade, para ser considerada protegida.
• Em situação de surtos ou exposição domiciliar do sarampo, a primeira dose pode ser aplicada a partir dos 6 meses de idade. Essa dose, porém, não conta para o esquema de rotina: continuam a ser necessárias duas doses a partir dos 12 meses.
• Para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam como rotina duas doses: uma aos 12 meses e a outra aos 15 meses, podendo ser usadas as vacinas SCR (tríplice viral) ou a combinada com a vacina varicela SCR-V (tetraviral).
• Crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados ou sem comprovação de doses aplicadas: duas doses com intervalo de um a dois meses.
• Em casos de surto de caxumba ou sarampo, pode ser considerada a aplicação de uma terceira dose em pessoas com esquema completo. Não há, no entanto, evidências que justifiquem a medida na rotina.
• Pessoas que já tiveram sarampo, caxumba e rubéola são consideradas imunizadas contra as doenças, mas é preciso certeza do diagnóstico. Na dúvida, recomenda-se a vacinação.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
• É aconselhável evitar a gravidez por 30 dias após a vacinação. Mas caso a vacinação aconteça inadvertidamente durante a gestação, ou a mulher engravide logo depois de ser vacinada, não é indicada a interrupção da gravidez, pois o risco de problemas para o feto é teórico, por tratar-se de vacina atenuada. Não há relatos na literatura médica de problemas decorrentes desse tipo de situação.
• Pessoas que usaram medicamentos imunossupressores devem ser vacinadas pelo menos um mês após a suspensão do uso do medicamento, de acordo com critério médico.
• Pessoas em uso de quimioterápicos contra câncer, ou outro medicamento que cause imunossupressão, só podem ser vacinadas três meses após a suspensão do tratamento, de acordo com critério médico.
• Pessoas que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após a cirurgia.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
• Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser notificados ao serviço que realizou a vacinação e investigados para verificação de outras causas.

Eventos adversos:
As reações mais comuns são vermelhidão no local da injeção e febre maior ou igual a 37,5°C.

Pode ocorrer também infecção do trato respiratório superior, rash cutâneo (erupção na pele), dor e inchaço no local da injeção, febre acima de 39,5°C, erupções cutâneas similares àquelas provocadas pelo sarampo.




Varicela (catapora)

O que previne:
Varicela (catapora).

Para quem:
• Crianças a partir de 12 meses, adolescentes e adultos.
• Em situações de risco ou surto, pode ser realizada em crianças a partir de 9 meses.
• Todas as crianças, adolescentes e adultos suscetíveis (que não tiveram catapora) devem ser vacinados.

Contraindicações:
• Gestantes.
• Pessoas que tiveram anafilaxia causada por qualquer dos componentes da vacina ou após dose anterior.
• Pessoas com deficiência do sistema imunológico, seja por doença ou tratamento imunossupressor, devem ser consultadas por um médico para a indicação, pois muitas vezes os danos causados pelo adoecimento é maior que o risco oferecido pela vacina.

Esquema de doses:
• A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam duas doses da vacina varicela: a primeira aos 12 meses e a segunda entre 15 e 24 meses de idade. Essas doses coincidem com o esquema de vacinação da vacina tríplice viral e, portanto, a vacina tetraviral pode ser usada nas duas doses.
• Para crianças até 11 anos, são indicadas 2 doses com intervalo mínimo de três meses.
• Para adolescentes e adultos suscetíveis, são indicadas duas doses com intervalo de um a dois meses.
• Em situação de surto na comunidade ou na creche/escola, ou ainda quando há um caso de varicela dentro de casa, a vacina pode ser aplicada em bebês a partir de 9 meses — essa dose aplicada antes de 12 meses será desconsiderada. A criança deverá tomar as duas doses de rotina, aos 12 meses e entre 15 e 24 meses de idade.
• A rede pública disponibiliza uma dose da vacina varicela, aos 4 anos de idade, correspondente à segunda dose do esquema contra varicela. A primeira dose é aplicada aos 15 meses, como parte da vacina tetraviral.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
• Crianças que usaram medicamentos imunossupressores podem ser vacinadas pelo menos um mês após a suspensão do tratamento, a critério médico.
• Crianças em uso de quimioterapia para tratar o câncer só podem ser vacinadas três meses após a suspensão do tratamento, a critério médico.
• Crianças que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após o procedimento.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.

Eventos adversos:
As reações mais comuns são dor, inchaço, coceira e vermelhidão no local da injeção, erupções na pele semelhantes às da varicela que geralmente aparecem de forma tardia (7 a 10 dias após a vacinação) e somem poucos dias depois, sem deixar sequelas. Podem ou não ser seguidas de febre.