Tríplice Viral (MMR)

O que previne:
Sarampo, caxumba e rubéola.

Para quem:
Crianças, adolescentes e adultos.

Contraindicações:
• Gestantes.
• Pessoas com comprometimento da imunidade por doença ou medicação.
• Pessoas com história de anafilaxia após aplicação de dose anterior da vacina ou a algum componente.

A maioria das crianças com história de reação anafilática a ovo não tem reações adversas à vacina e, mesmo quando a reação é grave, não há contraindicação ao uso da vacina tríplice viral. Foi demonstrado, em muitos estudos, que pessoas com alergia ao ovo, mesmo aquelas com alergia grave, têm risco insignificante de reações anafiláticas. No entanto, é recomendado que estas crianças, por precaução, sejam vacinadas em ambiente hospitalar ou outro que ofereça condições de atendimento de anafilaxia.

Esquema de doses:
• A pessoa deve tomar duas doses da vacina na vida, com intervalo mínimo de um mês, aplicadas a partir dos 12 meses de idade, para ser considerada protegida.
• Em situação de surtos ou exposição domiciliar do sarampo, a primeira dose pode ser aplicada a partir dos 6 meses de idade. Essa dose, porém, não conta para o esquema de rotina: continuam a ser necessárias duas doses a partir dos 12 meses.
• Para crianças, as sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam como rotina duas doses: uma aos 12 meses e a outra aos 15 meses, podendo ser usadas as vacinas SCR (tríplice viral) ou a combinada com a vacina varicela SCR-V (tetraviral).
• Crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados ou sem comprovação de doses aplicadas: duas doses com intervalo de um a dois meses.
• Em casos de surto de caxumba ou sarampo, pode ser considerada a aplicação de uma terceira dose em pessoas com esquema completo. Não há, no entanto, evidências que justifiquem a medida na rotina.
• Pessoas que já tiveram sarampo, caxumba e rubéola são consideradas imunizadas contra as doenças, mas é preciso certeza do diagnóstico. Na dúvida, recomenda-se a vacinação.

Cuidados antes, durante e após a vacinação:
• Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora.
• É aconselhável evitar a gravidez por 30 dias após a vacinação. Mas caso a vacinação aconteça inadvertidamente durante a gestação, ou a mulher engravide logo depois de ser vacinada, não é indicada a interrupção da gravidez, pois o risco de problemas para o feto é teórico, por tratar-se de vacina atenuada. Não há relatos na literatura médica de problemas decorrentes desse tipo de situação.
• Pessoas que usaram medicamentos imunossupressores devem ser vacinadas pelo menos um mês após a suspensão do uso do medicamento, de acordo com critério médico.
• Pessoas em uso de quimioterápicos contra câncer, ou outro medicamento que cause imunossupressão, só podem ser vacinadas três meses após a suspensão do tratamento, de acordo com critério médico.
• Pessoas que receberam transplante de medula óssea só podem ser vacinadas de 12 a 24 meses após a cirurgia.
• Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
• Sintomas de eventos adversos graves ou persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser notificados ao serviço que realizou a vacinação e investigados para verificação de outras causas.

Eventos adversos:
As reações mais comuns são vermelhidão no local da injeção e febre maior ou igual a 37,5°C.

Pode ocorrer também infecção do trato respiratório superior, rash cutâneo (erupção na pele), dor e inchaço no local da injeção, febre acima de 39,5°C, erupções cutâneas similares àquelas provocadas pelo sarampo.